quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Manhã

Pela manhã é quando a realidade fica mais real
O silêncio do facho de sol pela sala ilumina tudo que se foi e o que virá também
Fica nua a dureza que só encontramos na sobriedade e solidão das manhãs vazias

Eu aqui de manhã, aguardo o dia que já promete quente anunciado pelos pássaros
Com cheiro de noite, geléia e café
Este dia já anuncia chatices, prazeres e trago as tristezas
Com o cigarro que não aprendi a fumar
Essas bem vivas, da última semana
Deslocalizo-me no meu tempo

Vivo ainda minha noite recheada de manhã, pés e presenças
Presa agora por este fio de tempo presente

Se eu soubesse diria e se existisse fumaria

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