No dia em que me casei, casei comigo e contigo.
Dancei todos os sonhos para dentro dos livros comuns.
Engarrafei as vontades que conheço e não conheço junto às uvas suas
- essas que nunca envelheceram.
Vesti as melhores noites nas roupas desnudas das tuas bundas.
Ouvi os primeiros cabelos brancos enquanto a coberta dormia.
Li alto sem que você escutasse os contos que minha cabeça produzia.
As rugas cravavam nessa terra nosso caminho - agora banido.
O sapato vermelho ainda calça minha sede de viver,
só que num mundo quadrado e vazio.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Ontogênese
Resido num denso invólucro visceral,
com capacidade de mobilidade espacial,
perenidade temporal e adaptação funcional.
Um ser bípede, mamífero,
de gênero feminino,
corporificado em formas e sensações visíveis e não visíveis.
Imerso num mundo de símbolos aleatórios e caóticos
que mediam, mas em nada remediam.
A vida mesmo é medida pela quantidade de arrepios,
a evolução dos suspiros
e o alcance dos sonhos.
(Esse versa a versão científica de mim).
com capacidade de mobilidade espacial,
perenidade temporal e adaptação funcional.
Um ser bípede, mamífero,
de gênero feminino,
corporificado em formas e sensações visíveis e não visíveis.
Imerso num mundo de símbolos aleatórios e caóticos
que mediam, mas em nada remediam.
A vida mesmo é medida pela quantidade de arrepios,
a evolução dos suspiros
e o alcance dos sonhos.
(Esse versa a versão científica de mim).
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