No dia em que me casei, casei comigo e contigo.
Dancei todos os sonhos para dentro dos livros comuns.
Engarrafei as vontades que conheço e não conheço junto às uvas suas
- essas que nunca envelheceram.
Vesti as melhores noites nas roupas desnudas das tuas bundas.
Ouvi os primeiros cabelos brancos enquanto a coberta dormia.
Li alto sem que você escutasse os contos que minha cabeça produzia.
As rugas cravavam nessa terra nosso caminho - agora banido.
O sapato vermelho ainda calça minha sede de viver,
só que num mundo quadrado e vazio.
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