quarta-feira, 17 de março de 2010

ESTEIO

Venho senguindo as pegadas em forma de coração. E quando pego, me escapo, para outra e outra, e mais e mais para dentro do interior de algum país.
Os ossos a chacoalhar, como precussores do que as mãos têm a soar, atravessam o campo de mansidão.
Perdi a mão, que agora deve estar lá pelo lugar dos pés. Juntos, andam a esmo.

Quando pousar, te espero para arrumar a casa. Não sei por onde entra, nem por onde sai.
Onqotô aqui no meio? Toda cheia de carne e olhos, vejo a luz d'ouro sobre o centeio.
Faço um lamento baixinho, com cordas de aço e vozes de fado.
Contínua e ibérica, aqui mesmo na américa, sinto a mutação de grãos sem terra.

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