Dos poetas quero só as superfícies palavras
Dos humanos quero o pó do que toca a vida ao vivo
Quero me indignar com as não-palavras dos carnívoros humanos
De você quero o silêncio soturno das noites ensolaradas
Das tuas mãos, humildemente todos os dedos
Das tuas asas, todos os pássaros
De mim, paciência
Não quero palavras suas por não falar tua língua (apenas ainda não)
Quero, mas quero tudo o que sobra
Até onde vai o encontro de nossas próprias bordas.
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