quarta-feira, 11 de agosto de 2010

papi

Pai, tu nunca vais,
por eu deixar-te ir.

Tenho sempre que lembrar-te,
de tanto amor que me sobra para dar.
Amores estes recheados de gestos do teu jeito de olhar.

Tenho sempre que lembrar-te,
da dureza que ensinaste de como as coisas são.
Hoje são as dores que de alguma maneira sei que não me matarão.

Tenho sempre que lembrar-te,
do mundo como tu me apresentaste.
Mundo de céus azuis, sonhos, bicicletas sem rodinha sobre a grama.

Tenho sempre que lembrar-te,
das etapas que tu comigo comemoraste.
Há escondida alguma certeza de que conseguirei, quase sempre.

Tenho sempre que lembrar-te,
cada casa
cada lágrima
cada saudade
cada lembrança
é um jeito de homenagear-te.

Sempre tenho que lembrar-te,
pois todos os dias no espelho
tu apareces refletido em mim.

Um comentário:

Juliana Felipe disse...

lindo, Ci! adorei teu blog

bjos
JU