se suas mãos pudessem
acarinhar meus nervos
por debaixo da pele
por entre o músculo
se mãos apertassem
os átrios do coração
pulsasse sangue
aplacasse coágulos
para grudar a veia
circular o plasma
se mãos amaciassem
o revestimento de alma
da tez da pele
para unificar vísceras
sobre joelhos e pernas
se mãos fincassem
todos os ossos
tanta cartilagem
faria o ombro
suportar o peso
do corpo
todo
e talvez
se morresse
pouco
Um comentário:
gosto de poesia em carne viva
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