quarta-feira, 18 de maio de 2011

psico análise

eu colocaria uma boca
no meu inconsciente
instalaria uma corda vocal
e um microfone bem na frente
com ecos no meu coração

para entender de qual substância
é feita meu avesso subterrâneo
minhas sombras subcutâneas
que se recusam a aparecer à luz
mas que mastigam e mascaram
meus porquês, meu vir-a-ser

eu, abandonada à própria sorte
ou ao próprio azar
de nem saber por onde começar
ou ao qual freud perguntar

2 comentários:

Karina Paitach disse...

Muito bonito! Amei esta poesia...

KK disse...

muito boa! gostei demais. aliás, o blog está ótimo, vc está.