Eu falo alto
Eu falo sozinha
Eu falo com estranhos
Eu falo o que não deve
Eu não falo o que deve
Eu não falo os plural
Eu falo gíria pra carai
Eu falo desconversando
Eu falo demais
Eu falo até quando escuto
Eu falo mudo
Eu falo escrevendo
Eu falo de boca cheia
Quando trepo não sei se falo
Eu não falo brigada
Eu falo brigando
Eu falo grosso
Eu falo também em silêncio
Freud ainda fala
que um dia acreditei
que perdi meu falo
e que invejo teu falo.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Dia de Faxina
Largar os ossos ao sol.
Deixar as peles embrulhar as cicatrizes mínimas.
Pendurar os ombros nas nuvens,
até que uma chuva lave as sujeiras descalças de pés,
e descaminhos,
embora esperançosos de chão
e grama depois do orvalho.
Descansais ovários meninos.
Tranquilos, em ventres úmidos. Únicos.
Porém não sozinhos,
apenas vivos,
não santos.
Deixar as peles embrulhar as cicatrizes mínimas.
Pendurar os ombros nas nuvens,
até que uma chuva lave as sujeiras descalças de pés,
e descaminhos,
embora esperançosos de chão
e grama depois do orvalho.
Descansais ovários meninos.
Tranquilos, em ventres úmidos. Únicos.
Porém não sozinhos,
apenas vivos,
não santos.
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