segunda-feira, 17 de maio de 2010

segunda-poesia


a lua andava pela rua
abdusida pela mansidão da noite escura,
trupicando em estrelas despencadas e
em nuvens moribundas esparramadas.
fumaças entre as curvas da esquina
revelaram (com o passar das horas) à primeira fita -
encarnecida, guardando a noite ainda em seus lilases -
o sol, no auge de ser métrico e círculo
quando então ouro e prata se puseram a caminhar
em forças opostas, sem nunca poderem se encontrar,
mesmo que sempre tentados pela tentação de se arruinarem
pelos seus brilhos adversários.

2 comentários:

KK disse...

à primeira fita... acho melhor, se eu puder opinar; assim como está no seu blog. posso mudar lá na sexta-poesia? beijos, poetisa linda.

!Cibely disse...

foi o que pensei mesmo....que delícia...obrigada irmã de prosa e poesia!