a noite cheira molhado
pela janela de dezembro
prédios desde nascença
- com raízes de bairro -
crescem retângulos furados
e espiam por seus furos olhos
luzes azuis
nas quadradas janelas
espelham corpos horizontais
tão logo amanhece
corpos verticais
correm atrás
de um Papai Noel em fuga
o que será que dormem?
como será que compram?
onde será que sobram?
quando será que doam?
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