quinta-feira, 4 de setembro de 2008

sobre o dia em que nascemos

Embriaguez embaça a vista
Suportar o valor da minha classe média
Tradição burguesa, sustentar o status
fazer as vezes, sorrir, educar



Resta entorpecer, 
com aparatos criados por nós mesmos
O ópio social serve a todos
A alguns para disfarçar camuflar

outros, para dar o pão

Desde que o mundo o é
os escapes não escapam à condição
de gente, doída, imperfeita, foragida, cambaleante
Somos eu e você

Suspenda um pouco a mentira
para nos salvar da imposição
Mais nobre, mais burra e mais fácil

a arte, a religião e o ópio

A educação e a civilidade 

acham que nos imputaram muito bem
Todo domado tem um preço a pagar

Para a angústia quem nos ensinou?
Para a miséria quem nos tocou?
Para o desespero quem nos apartou?

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