Embriaguez embaça a vista
Suportar o valor da minha classe média
Tradição burguesa, sustentar o status
fazer as vezes, sorrir, educar
Resta entorpecer,
com aparatos criados por nós mesmos
O ópio social serve a todos
A alguns para disfarçar camuflar
outros, para dar o pão
Desde que o mundo o é
os escapes não escapam à condição
de gente, doída, imperfeita, foragida, cambaleante
Somos eu e você
Suspenda um pouco a mentira
para nos salvar da imposição
Mais nobre, mais burra e mais fácil
a arte, a religião e o ópio
A educação e a civilidade
acham que nos imputaram muito bem
Todo domado tem um preço a pagar
Para a angústia quem nos ensinou?
Para a miséria quem nos tocou?
Para o desespero quem nos apartou?
Nenhum comentário:
Postar um comentário