segunda-feira, 25 de agosto de 2008

antropostalgia poética

Me lembrei de cheiros, vidas, rostos e sons do passado
Quando a leveza embriagava
- nos embriagávamos uns dos outros e das coisas
 

Vida secreta mas à mostra

Me espantei ao ver o tempo passar
Estampas, santas e profanas megeras
povoavam as tardes vazias
cheias de beleza inusitada
Encontros entorpecentes,
compromissos ausentes
 

Revelo meu segredo

Me coloquei naquele lugar para lembrar quem sou
Saber se quero as mesmas velhas coisas


Não sei mais ter ídolos
 

A beleza quando sentida na carne 
não torna mais possível ser eu mesma
Impera que haja a transformação

Meu hoje é fazer legenda de minhas palavras palavras
Se sonoras, poesia
Se superfície, vazias
Se tocam, humildes
Se saltam, nasci


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