em ciclo ascendente
espiral amorosa
recoberta deste suor
melodioso
que só assim ouço
derretimento comprometido
junta-me os pedaços
com toda sua ajuda possível e inesperada
tô maior que eu amor meu
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
MOvER
O encontro que move o mundo é movido pelo que mora e se esconde aqui,
entre as minhas mãos e seus cabelos.
Eu espero desmovida você vir, assim que partes.
Fazem parte de mim pedaços de vento que giram meu moinho
que constrói meu mundinho,
feito dos pés que se enroscam a cada limite desta moenda.
entre as minhas mãos e seus cabelos.
Eu espero desmovida você vir, assim que partes.
Fazem parte de mim pedaços de vento que giram meu moinho
que constrói meu mundinho,
feito dos pés que se enroscam a cada limite desta moenda.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
o grande M
Menor que a pulga serve-se a criatura tolhida de suas potências, nudezas, prazeres e carnes.
Mesmo quando a fome arrebata dos pés às bocas.
Manto fumacento sem sinal de partida, ilumina qualquer sinal de saída neste caminho.
Mulher segue só, o que só seu, só sexo, com mais sol, pode servir, como serva e condessa, simultaneamente.
Mas arrepende não atender às próprias e impróprias sutilezas, mesmo que gritem em silêncio.
Mania de morder o que se aproxima desde quando se aprendeu ferida, chaga remediada e cicatrizada.
Manter como estão, os trapiches, os mares e embarcações, para o risco em controle, desejoso de jorro.
Meio viva, mesmo que morta, faces a escolher para a vida réptil na água e na terra.
Mesmo quando a fome arrebata dos pés às bocas.
Manto fumacento sem sinal de partida, ilumina qualquer sinal de saída neste caminho.
Mulher segue só, o que só seu, só sexo, com mais sol, pode servir, como serva e condessa, simultaneamente.
Mas arrepende não atender às próprias e impróprias sutilezas, mesmo que gritem em silêncio.
Mania de morder o que se aproxima desde quando se aprendeu ferida, chaga remediada e cicatrizada.
Manter como estão, os trapiches, os mares e embarcações, para o risco em controle, desejoso de jorro.
Meio viva, mesmo que morta, faces a escolher para a vida réptil na água e na terra.
domingo, 7 de dezembro de 2008
quase HAI KAI DE DOMINGO
DORMI CHEIRANDO À INTIMIDADE
ACORDO SABOR CAMA
PRA ESSE DIA MOLHADO
O SOL DA MINHA IDADE
PÕE SÓ AMOR
NESTE CORPO QUE ME FOI DADO
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
SObre SEr
Nos intervalos lutaram os que se queriam humanizados
Durante, aceitavam os que se queriam calados
Depois, desesperaram. Todos.
Entre o seu céu e a nossa terra
Os caminhantes passam
Ora vazios
Ora entretidos
Ora entre estranhos
Ora sem entranhas
Aos imbuídos de sonhos
Sempre se quiseram
Ser o que se eram.
Durante, aceitavam os que se queriam calados
Depois, desesperaram. Todos.
Entre o seu céu e a nossa terra
Os caminhantes passam
Ora vazios
Ora entretidos
Ora entre estranhos
Ora sem entranhas
Aos imbuídos de sonhos
Sempre se quiseram
Ser o que se eram.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
na selva com che
Com a idade venho aprimorando minha vulgaridade
Por simples fadiga da falsa moralidade,
que banha os contratos, os burrocráticos e principalmente os democráticos
Por simplesmente não achar possível a neutralidade
Dos bons modos, que higieniza o contato e deixa todo mundo
Com sorriso amarelo
Cara de bunda
De pastel amanhecido na vitrine
O asseio burguês é tão limpo que dá nojo
Esquiva da merda, privatiza o drama
Mas o pé sempre enfiadinho na lama
Sem frescura,
mas jamais perder la ternura!
Por simples fadiga da falsa moralidade,
que banha os contratos, os burrocráticos e principalmente os democráticos
Por simplesmente não achar possível a neutralidade
Dos bons modos, que higieniza o contato e deixa todo mundo
Com sorriso amarelo
Cara de bunda
De pastel amanhecido na vitrine
O asseio burguês é tão limpo que dá nojo
Esquiva da merda, privatiza o drama
Mas o pé sempre enfiadinho na lama
Sem frescura,
mas jamais perder la ternura!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Tecos
Sequer posso dizer não ao que não quero
Requer paciência ao que não se pode mover
Prefiro acreditar nisso, do que saber que fracassei
O que é certo é que perdi
Apenas nos lembra o buraco que é existir
Como gente neste mundo indigente e anti-gente
Não tente me fazer sorrir...sem mundo faz-de-conta
O fatalismo que cedo conheci me joga no devir
Mesmo que cabisbaixo, com as mãos sujas de lama
Nem deus sabe
Cato meus tecos hoje
Tento, juro que tento inteiro amanhã,
te encontro lá, lá no bo-teco!
Lá na rua da consolação
Requer paciência ao que não se pode mover
Prefiro acreditar nisso, do que saber que fracassei
O que é certo é que perdi
Apenas nos lembra o buraco que é existir
Como gente neste mundo indigente e anti-gente
Não tente me fazer sorrir...sem mundo faz-de-conta
O fatalismo que cedo conheci me joga no devir
Mesmo que cabisbaixo, com as mãos sujas de lama
Nem deus sabe
Cato meus tecos hoje
Tento, juro que tento inteiro amanhã,
te encontro lá, lá no bo-teco!
Lá na rua da consolação
domingo, 30 de novembro de 2008
je suis
já me experimentei coisa
já me experimentei gente
já me dupliquei em mais
já saí e voltei de mim
já não me pertenci
já me agarrei ferrenho
já me vi na lata do lixo
já me vi em berço de ouro
já me envaideci
já me encarneci
já me ri
jamais me vi
tão de perto assim.
lá o sol é em si,
sem dó.
já me experimentei gente
já me dupliquei em mais
já saí e voltei de mim
já não me pertenci
já me agarrei ferrenho
já me vi na lata do lixo
já me vi em berço de ouro
já me envaideci
já me encarneci
já me ri
jamais me vi
tão de perto assim.
lá o sol é em si,
sem dó.
deseixo
nunca entendi o que vim fazer aqui
dou sentido ao meu resgate
com cada palavra, escrita, dita, dançada e tocada
que desconcretiza esta cadeira, esta mão, esses olhos
ao aprofundar a fenda poética
que me faz humano
não quero perder o bicho que sou
que urge no corpo, condutor polarizado de minha energia
quentura, suor, sangue e víscera rósea
ornitorrinco esquisito, fragmentado e descompreendido que me torno
com pena, bico e nadadeira
correndo em água para o nada por cansaço do tudo
deixo-me aqui
sem eixo
dou sentido ao meu resgate
com cada palavra, escrita, dita, dançada e tocada
que desconcretiza esta cadeira, esta mão, esses olhos
ao aprofundar a fenda poética
que me faz humano
não quero perder o bicho que sou
que urge no corpo, condutor polarizado de minha energia
quentura, suor, sangue e víscera rósea
ornitorrinco esquisito, fragmentado e descompreendido que me torno
com pena, bico e nadadeira
correndo em água para o nada por cansaço do tudo
deixo-me aqui
sem eixo
Cantar
Cantava por todos os cantos
Porém nunca achava quem encantava
O pássaro do desdém
pousou com ousadia e ficou
Cantava aos mais infames
Cujo desencanto tornou coração em pedra,
Catei a flor da sensibilidade e murchou
Tentativa estéril em solo que quer infértil
No canto certo,
canto e encanto o meu mundo desenganado.
Porém nunca achava quem encantava
O pássaro do desdém
pousou com ousadia e ficou
Cantava aos mais infames
Cujo desencanto tornou coração em pedra,
Catei a flor da sensibilidade e murchou
Tentativa estéril em solo que quer infértil
No canto certo,
canto e encanto o meu mundo desenganado.
à Piaf
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Dedico às amigas issas
Em meio às Bardot(s) e Ana(s) que há em todas nós
Construo, destruo e reconstruo a mulher que faço de mim
Nas ladeiras de Santa Thereza, pudemos nos ouvir profanas
De puta que desejamos de nossas necessidades mundanas
O coração amornado pelo melhor chá de camomila
Que anoitece a dor, que tece ternura do olhar, no cuidar
Às vezes nós mesmas nos enchemos de ser mulherzinhas e somos então crianças
Entregues à brincadeira, que não faz fronteira do eu com você
Só agradeço por poder viver esse intenso amor
De pessoa em encontros caminhos
Criação de poesia com seis mãos
Na paz, na dor, mas sempre com flor
Lenine, Seu Jorge e Ney, fica para outro dia....
Construo, destruo e reconstruo a mulher que faço de mim
Nas ladeiras de Santa Thereza, pudemos nos ouvir profanas
De puta que desejamos de nossas necessidades mundanas
O coração amornado pelo melhor chá de camomila
Que anoitece a dor, que tece ternura do olhar, no cuidar
Às vezes nós mesmas nos enchemos de ser mulherzinhas e somos então crianças
Entregues à brincadeira, que não faz fronteira do eu com você
Só agradeço por poder viver esse intenso amor
De pessoa em encontros caminhos
Criação de poesia com seis mãos
Na paz, na dor, mas sempre com flor
Lenine, Seu Jorge e Ney, fica para outro dia....
sem
Tenho temor de perder o amor
Por esta vida que já sei de cór
Não vivo sem o seu fervor,
embora já sinta muita dor
Quando chego, já te espero de ontem
Apesar de amanhã já esquecer de hoje
Pudera domar a fera,
que longe de mim impera
Por esta vida que já sei de cór
Não vivo sem o seu fervor,
embora já sinta muita dor
Quando chego, já te espero de ontem
Apesar de amanhã já esquecer de hoje
Pudera domar a fera,
que longe de mim impera
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
high verso tech
Quando eu era criança não tinha computador (cara de espanto!)
Quando adolescente não tinha internet (óóóóóó!), nem blog
Quem inventou essa máquina
Inventou o tempo
Falou que ia passar
Eu não acreditei
Renasço real no virtual
Espremendo-me em atual
Quando adolescente não tinha internet (óóóóóó!), nem blog
Quem inventou essa máquina
Inventou o tempo
Falou que ia passar
Eu não acreditei
Renasço real no virtual
Espremendo-me em atual
NÃO
SOU VERSO
POR INCOMPETÊNCIA DE PROSA
SOU SÓ
POR INAPTIDÃO DE JUNTO
SOU CRIANÇA
POR HAVER ESQUECIDO CRESCIDO
SOU COMILÃO
POR DESCONTROLE DA GULA
SOU REMÉDIO
POR NÃO HAVER PREVENÇÃO
SOU ATRASO
POR DESISTIR DO TEMPO
SOU VIOLÊNCIA
POR DESAPRENDER CARINHO
SOU EGOCENTRISMO
POR ESQUECER DO OUTRO
SOU DISFARCE
POR PURA DOR DE SER-ME
SOU MEU
POR NÃO CONSEGUIR SEU
DESCREVO A FALÊNCIA
PARA ENCONTRAR DECÊNCIA
EM TANTA INCOERÊNCIA.
POR INCOMPETÊNCIA DE PROSA
SOU SÓ
POR INAPTIDÃO DE JUNTO
SOU CRIANÇA
POR HAVER ESQUECIDO CRESCIDO
SOU COMILÃO
POR DESCONTROLE DA GULA
SOU REMÉDIO
POR NÃO HAVER PREVENÇÃO
SOU ATRASO
POR DESISTIR DO TEMPO
SOU VIOLÊNCIA
POR DESAPRENDER CARINHO
SOU EGOCENTRISMO
POR ESQUECER DO OUTRO
SOU DISFARCE
POR PURA DOR DE SER-ME
SOU MEU
POR NÃO CONSEGUIR SEU
DESCREVO A FALÊNCIA
PARA ENCONTRAR DECÊNCIA
EM TANTA INCOERÊNCIA.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
CEM DIAS
Um homem no metrô cuspiu no chão, para todo mundo ver
Transparentes transeuntes no passeio
A greve dos bancários anuncia chove chuva, que toma o espaço em música
O garçom do café é o homem mais lindo que já vi e desejei
Tem dia que é só mais um depois do outro
Rock bem alto no fone de ouvido
Para suportar o tédio do que repete, chato no cotidiano
O olho vê o que se sente
Em combate à anestesia imposta do viver
Vem dia,
Antes da chegada da noite fria
Transparentes transeuntes no passeio
A greve dos bancários anuncia chove chuva, que toma o espaço em música
O garçom do café é o homem mais lindo que já vi e desejei
Tem dia que é só mais um depois do outro
Rock bem alto no fone de ouvido
Para suportar o tédio do que repete, chato no cotidiano
O olho vê o que se sente
Em combate à anestesia imposta do viver
Vem dia,
Antes da chegada da noite fria
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
MONÓLOGO
Platão elucubrou
Sócrates meteu-lhe um gol
Freud interpetrou
Lacan interditou
Nietzsche humanizou
Moreno encenou
Meu ser-aí se encantou
Criatividade encaixotada
Dentro da caixa havia um líquido,
escorria pelas frestas,
cortava caminho
Tomava a forma sem forma de fora,
enquadrava a forma dura de dentro.
O tempo era seu aliado e inimigo.
Quanto mais resolvesse correr mais escorria,
mas mais livre brotava.
Planta, azul, tatu
e nova forma tomava,
ora mole ora dura.
Se livre, inútil.
Quem sabe pra quem?
Ninguém.
Se alguém, presa
e encomendada.
escorria pelas frestas,
cortava caminho
Tomava a forma sem forma de fora,
enquadrava a forma dura de dentro.
O tempo era seu aliado e inimigo.
Quanto mais resolvesse correr mais escorria,
mas mais livre brotava.
Planta, azul, tatu
e nova forma tomava,
ora mole ora dura.
Se livre, inútil.
Quem sabe pra quem?
Ninguém.
Se alguém, presa
e encomendada.
domingo, 9 de novembro de 2008
O tratado que escrevo se dissolve no segundo seguinte
A teoria que explica a prática se desatualiza a cada nova ação
Minha ciência me confunde a cada tentativa explicação
A compreensão já nasce desentendimento pelo descompasso de tempo
Entre o que é arrastado e o vento
Professor cristaliza o que tenta significado
Quando versa oral o estratagema que exemplifica no poema
No entanto logo simplifica o que se sente de complicado
Guardo meu não saber com orgulho e certo descaso
A teoria que explica a prática se desatualiza a cada nova ação
Minha ciência me confunde a cada tentativa explicação
A compreensão já nasce desentendimento pelo descompasso de tempo
Entre o que é arrastado e o vento
Professor cristaliza o que tenta significado
Quando versa oral o estratagema que exemplifica no poema
No entanto logo simplifica o que se sente de complicado
Guardo meu não saber com orgulho e certo descaso
Desapreço
A cada passo me pergunto se certo ou descaminho
A cada erro me pergunto se destino ou cegueira
A cada olho uma visão
Porque em cada coração, em cada tempo, em cada lugar
uma desilusão
como alusão apológica aos que virão
Surge como verso avesso na contra-mão
Quem escreve já desacredita
Deixa a solução para quem fica
A cada erro me pergunto se destino ou cegueira
A cada olho uma visão
Porque em cada coração, em cada tempo, em cada lugar
uma desilusão
como alusão apológica aos que virão
Surge como verso avesso na contra-mão
Quem escreve já desacredita
Deixa a solução para quem fica
sábado, 8 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
pitadas
O que há de Oslo em Alagoas?
O que há de poesia na prosa?
O que há de dinastia na anarquia?
O que há de democracia na alforria?
O que há de matemática na gramática?
O que há de tântrico no cosmo?
O que há sereno no trânsito?
O que há de Augusta na Cidade Jardim?
O que há de começo no fim?
O que há dele nela?
O que há de eu em mim?
O que há de poesia na prosa?
O que há de dinastia na anarquia?
O que há de democracia na alforria?
O que há de matemática na gramática?
O que há de tântrico no cosmo?
O que há sereno no trânsito?
O que há de Augusta na Cidade Jardim?
O que há de começo no fim?
O que há dele nela?
O que há de eu em mim?
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Textículo
O bebê precisa da mãe. Dizem alguns que a chupeta, dedo, mamadeira, são o substituto que ele arranja para a mãe, que de pele, vai ficando cada vez mais ausente. O mundo cada vez mais presente. Como um primata, o bebê humano é o mamífero que mais tempo demora para independer. Parecido com ele somente nossos primos distantes, os chimpanzés. O mundo aos poucos vai tratando de cuidar como pode e os humanos nele se agarram da mesma forma. Cada um pode de um jeito. Sabe que o mundo por vezes não trata seus humanos lá aquelas coisas, condição recíproca dos humanos para com o mundo. Pensei tudo isso para dizer que hoje me deparei com um homem sem mundo, deitado na mureta do supermercado, dormindo ao sol chupando dedo. Tive vontade de mãe por vê-lo vontade de filho.
sobre os anos
Nasci quando ouvi o tirlintar dos seus quadris,
quando logo olhou para mim,
acariciou com os olhos,
fez-se presença no ar,
com todo o peso do tamanho exato do afeto bom.
Nasci mais uma vez,
como nos últimos anos tenho feito,
a cada morte, petit ou grand,
bleu ou blanc
no espaço entre as presenças e ausências.
Nasci como pseudônimo,
rascunho esboçado em palavras, na superfície delas,
com ligeira melancolia aquarelável, diluível,
nos dias-noites,
é nas legendas que sobrevivo....
Traduzindo-me.
Perdão, obrigada e para você também.
quando logo olhou para mim,
acariciou com os olhos,
fez-se presença no ar,
com todo o peso do tamanho exato do afeto bom.
Nasci mais uma vez,
como nos últimos anos tenho feito,
a cada morte, petit ou grand,
bleu ou blanc
no espaço entre as presenças e ausências.
Nasci como pseudônimo,
rascunho esboçado em palavras, na superfície delas,
com ligeira melancolia aquarelável, diluível,
nos dias-noites,
é nas legendas que sobrevivo....
Traduzindo-me.
Perdão, obrigada e para você também.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
SEM FIM
O QUE SERIA DE VOCÊ SEM TU,
O QUE SERIA D'EU SEM MIM.
O QUE SERIA DE VOCÊ SEM MIM,
O QUE SERIA DE TU SEM EU.
FRAGMENTO DE EU EM VOCÊ,
TU INTEIRO EM MIM.
PARA ONDE EU NÃO VOU TU NÃO ESTÁS,
ONDE TU ESTÁS TOMO VOCÊ PARA MIM.
NUNCA SEMPRE FOI ASSIM.
O QUE SERIA D'EU SEM MIM.
O QUE SERIA DE VOCÊ SEM MIM,
O QUE SERIA DE TU SEM EU.
FRAGMENTO DE EU EM VOCÊ,
TU INTEIRO EM MIM.
PARA ONDE EU NÃO VOU TU NÃO ESTÁS,
ONDE TU ESTÁS TOMO VOCÊ PARA MIM.
NUNCA SEMPRE FOI ASSIM.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
inglês nem vê!
someone
sempre some
baby!
você se fucked
continuo aqui, bem here
come darling
come com a mão
I wish
ishiiiiiiiiiiiiiiiiiii
vixiiiii
um kisssssssss
wish
ishiiiiiiiiiiiiii
vixi
vinhetas animalescas
entro na caverna
quando o lobo come a perna
ovelha
tigresa
uma põe a outra na mesa
na conversa com a lontra
há sempre o do contra
boi servido no prato
até o dia que quem come o hómi é o pato
manchete: pitt bull mostra o dente
e come o dono "acidentalmente"
papagaio educado
manda do dono pro caralho
fui pescar lambari
um entrou na minha boca
e vivo o engoli (quase morri)
voltei logo para minha jaula (o 43 blocoA)
meu dono trancou e levou a chave
Ufa!
o choro do ontem
é o sangue que corre no hoje
economizando o suor de amanhã
por isso mi corazon és líquido
oxigênio no entra e sai dos orifícios
troca transparente dentro-corpo-casa
com fora-mundo-poluído
por isso mi peito gasoso
abóboras (inhas e ões) povoam minhas ideinhas
regadas com alecrim em dia de festa
(acompanha água em franca ebulição e sobre a mesa a rapa é dura)
por isso mi bocarra és sólida
som azul (blues) que inunda onda aérea
de drum'n'base com jazz do lounge
samba o cartola, sem firula, pretinha
por isso meus pés dançantesssssssssssssssssss
danço antes, danço logo que penso
é o sangue que corre no hoje
economizando o suor de amanhã
por isso mi corazon és líquido
oxigênio no entra e sai dos orifícios
troca transparente dentro-corpo-casa
com fora-mundo-poluído
por isso mi peito gasoso
abóboras (inhas e ões) povoam minhas ideinhas
regadas com alecrim em dia de festa
(acompanha água em franca ebulição e sobre a mesa a rapa é dura)
por isso mi bocarra és sólida
som azul (blues) que inunda onda aérea
de drum'n'base com jazz do lounge
samba o cartola, sem firula, pretinha
por isso meus pés dançantesssssssssssssssssss
danço antes, danço logo que penso
domingo, 26 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
VERSÃO diversão
se tu foste inconsequente, eu também
se tu criança, eu mais ainda
a vida nos prepara
diversão e amizade
se a noite foi só uma
nunca acabou
a música me dança
somente para você
se tu quiseres mais, eu ainda não sei
se tu não fosse tu
o amor ia tão bem
bem de bem querer e comigo mais de cem
se tu criança, eu mais ainda
a vida nos prepara
diversão e amizade
se a noite foi só uma
nunca acabou
a música me dança
somente para você
se tu quiseres mais, eu ainda não sei
se tu não fosse tu
o amor ia tão bem
bem de bem querer e comigo mais de cem
domingo, 19 de outubro de 2008
Maria do Sempre
Acordei grávida
Embarrigada de Maria
Quando nasceu, Maria das Dores do Parto
Quando gritou, Maria Aparecida
Quando batizou, Maria da Conceição
Quando criança, Maria das Graças
Quando adolesceu, Maria-vai-com-as-outras
Quando moça, Maria dos Prazeres
Quando desceu a ladeira, Maria do Carmo
A licença maternidade não dura a eternidade
Chamaram para cuidar então Dona Maria
Porque o trabalho resolve a necessidade
Maria Júlia, a jornalista
Maria Clara, a psicanalista
Maria Angélica, a dentista
Maria Joana, a advogada
Maria Flor, a poetisa
Maria Claudia, a professora
O mundo das Marias
vira pura alegria com a chegada de João
De tão bebê, transborda o coração
Embarrigada de Maria
Quando nasceu, Maria das Dores do Parto
Quando gritou, Maria Aparecida
Quando batizou, Maria da Conceição
Quando criança, Maria das Graças
Quando adolesceu, Maria-vai-com-as-outras
Quando moça, Maria dos Prazeres
Quando desceu a ladeira, Maria do Carmo
A licença maternidade não dura a eternidade
Chamaram para cuidar então Dona Maria
Porque o trabalho resolve a necessidade
Maria Júlia, a jornalista
Maria Clara, a psicanalista
Maria Angélica, a dentista
Maria Joana, a advogada
Maria Flor, a poetisa
Maria Claudia, a professora
O mundo das Marias
vira pura alegria com a chegada de João
De tão bebê, transborda o coração
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Endereçado de encruzilhada
Ô tia Didi...
Porque não viras bruxa pra sanar o presente
Cartomante pra ver o futuro
Mãe de santo pra diluir o passado?
Affff, filha de ogum
Misifi!
êÊ
Porque não viras bruxa pra sanar o presente
Cartomante pra ver o futuro
Mãe de santo pra diluir o passado?
Affff, filha de ogum
Misifi!
êÊ
Extrovertida para dentro
Com você, o burocrático
Com os outros, o performático
Como histérica
Sozinha, enfadonha
Com lóri sob a fronha
No dia em que ela se colocou " se eu fosse eu"
Viu que sempre se removeu
Ela se derreteu e eu concluo que fudeu
O sexo ginástico
O encontro midiático
Deforma a forma aleatória
que também sei e sei que você sabe
Estou me preparando,
pode vir,
vem manso, mas vem
Enquanto isso olho a maçã, mordo a pera
e fico com cheiro de alho dos meus dedos
Quando enfiei no buraco quente e molhado,
as bactérias não tinham nada para me falar
Amistosamente saí
Ainda tento, daqui mesmo
Com os outros, o performático
Como histérica
Sozinha, enfadonha
Com lóri sob a fronha
No dia em que ela se colocou " se eu fosse eu"
Viu que sempre se removeu
Ela se derreteu e eu concluo que fudeu
O sexo ginástico
O encontro midiático
Deforma a forma aleatória
que também sei e sei que você sabe
Estou me preparando,
pode vir,
vem manso, mas vem
Enquanto isso olho a maçã, mordo a pera
e fico com cheiro de alho dos meus dedos
Quando enfiei no buraco quente e molhado,
as bactérias não tinham nada para me falar
Amistosamente saí
Ainda tento, daqui mesmo
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
PERFIL EM BLOCO
um pouco moreno
um pouco leminski
um pouco freud
um pouco fellini
um pouco lóri
um pouco clarice
um pouco doce
um pouco fanzine
de tudo em pouco
o pouco é muito
um pouco leminski
um pouco freud
um pouco fellini
um pouco lóri
um pouco clarice
um pouco doce
um pouco fanzine
de tudo em pouco
o pouco é muito
Vira tripa
eu falange
você esparadrapo
eu engolindo
você finge que é trapo
eu flagrando
você entra no mato
eu vi grande
você porta retrato
eu rolando
você em desacato
"nóis" não têm
acabou o vintém, meu bem
você esparadrapo
eu engolindo
você finge que é trapo
eu flagrando
você entra no mato
eu vi grande
você porta retrato
eu rolando
você em desacato
"nóis" não têm
acabou o vintém, meu bem
TECITURA
conversa frenética
conhece a pressa
de quem no fundo profética
formosura de criatura
vem rápido pra labuta
antes mesmo da fartura
falo com candura
mesmo que não entenda
sobre o que nada sei
ai ai ai, a vida dura...
conhece a pressa
de quem no fundo profética
formosura de criatura
vem rápido pra labuta
antes mesmo da fartura
falo com candura
mesmo que não entenda
sobre o que nada sei
ai ai ai, a vida dura...
verbo irregular
domingo, 12 de outubro de 2008
Quem tem amigo de umbigo
É o membro da família escolhido
Está sempre protegido
Por esse amor antigo e infinito
De perto sente longe
De longe sente sempre
Lá dentro guardado
A lembrança e o guardanapo
Dos dias deitados no mato
Dos mergulhos no mar aberto
Das conversas de assuntos secretos
Inspirado o futuro de estar junto
O agora se confere em companhia
Gostosa e eternizada no coração e no sempre
É o membro da família escolhido
Está sempre protegido
Por esse amor antigo e infinito
De perto sente longe
De longe sente sempre
Lá dentro guardado
A lembrança e o guardanapo
Dos dias deitados no mato
Dos mergulhos no mar aberto
Das conversas de assuntos secretos
Inspirado o futuro de estar junto
O agora se confere em companhia
Gostosa e eternizada no coração e no sempre
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A-LUGAR ou HÁ LUGAR?
nos insterstícios da cidade
na dobra entre uma coisa e outra
no não lugar
entre o minhocão e o viaduto
entre a rua e o prédio
nos vãos do nada para o nada
coloca-se o abismo do que se quer esconder
encontram-se pessoas de não lugar
pessoas que se perdem como gente
gente que ganhou o nome que soma índio com gente
indigente, não gente
porque não gente-como-a-gente?
a cidade orgânica contrói veias para suas gentes
passar, se alocar, transitar, morar
mas há gentes que ficam fora
e a cidade se monta cada vez mais separada
condomínio, pandemônio empilhado
que finge segurado e empobrece o contato
cada vez mais estanque a diferença do dentro e do fora
do quê mesmo?
que só aumenta a dobra e a borda, que tece fronteira
delimita, empobrece e emburrece
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
ESCOND'EU
FLA FLU EM BLÁ
(Briga) entre parênteses
não meter-lhe-ei mesólise no meio
Fecho aspas" e saio fora
Dou um tempo
na outra linha
parágrafo, travessão
Aquele sujeitinho da oração
ora concorda direto, ora indireto
Em questão de concordância,
nem com a regência verbal.
Ela manda, o verbo submete
No confllito tônico
o fonema do afeto dá o tom
e eu corro largo, em pausa, para o ponto final.
O estado do civil
Não dispenso minha calcinha velha
Gosto mesmo é de música brega
Sensual é primeiro para mim
Nem sempre para você sou assim
Mexendo o brigadeiro na panela
Pensando em deixar a casa sob a luz das velas
Espero você deitada no corredor
Você sempre como bom ator
Representa o que se espera
Na rotina do palco, ação e reação
Roupa no varal, criança na escola
Na geladeira a coca-cola
Remendo o dia
Refaço a sujeira
Coloco tudo de bandeja
Segura a peteca junto assim
Mais junto, perto mesmo
Coladinho, corpo encaixado
Roçando, pé com pé
A mesma toalha, que seca a chuva e a lágrima
O acordar, o dormir
o viver
o viver com
o conviver
Não faz caso do acaso
Senão caso mesmo por contrato
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Diagnóstico fashion week
E o médico decretou: bipolar
Ora assim, ora assado, ora frito, ora cozido
Ora azul, ora amarelo
Cor da hora, hora que enrola
Numa hora deita e rola, outra hora baixa a bola
Mas só BI ora bolas ?
A bola rola,
uma hora a face negra outra hora face branca
a grama toca
Poliglota,
tri, quadri, polipolar
dos pólos ao centro em circunferência que irradia
forma, calor e cor
ora ora ora...às vezes penso que é lorota
do barulho ao silêncio...psiu!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
noite morta-dela
o abraço que faço
tem gosto de moça de fino trato
anda e tira o laço
a fita amarela
logo vi na janela
enquanto garçon beijava a boca dela
berço fogoso
coloca o moço
quando penso, embaraçoso
tem gosto de moça de fino trato
anda e tira o laço
a fita amarela
logo vi na janela
enquanto garçon beijava a boca dela
berço fogoso
coloca o moço
quando penso, embaraçoso
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Proletariando
engoli proletário. por indigestão regorgitei empresário
que por infortúnio paga meu salário
diz que tem família, mas foste um belo salafrário
vivo pensando quem disse que o mundo deve ser assim
nasci e acreditei o que enfiaram pra mim
que nobre é o idiota que trabalha sem fim
o salário mal dá pra coisa toda do mês
diversão quase não tem vez
a mulher e mamãe não entendem minha insensatez
já compraram a idéia da novela que pra ser feliz nasça burguês
o seu joaquim do boteco não faz fiado nem pro freguês
estou disposto a não mais agüentar a sofreguidão
não pode ser que Deus me pôs na vida pra esse papelão
de aguentar os caprichos do patrão
e ainda assinar a carta de demissão olhando pra cara daquele bundão
'xá comigo que vamos descolar logo o tostão
quero ter a vida descomprometida de coisa sem valor
porque não ter mais dignidade no labor?
quem foi que disse que tenho que aguentar tanta dor
agora a palhaçada tem até nome: colaborador, colabora com a dor
assino logo essa carta, que pra mim é de alforria
vou então fazer meu dia
sem medo da correria
quem sabe até com a euforia
de também ser patrão um dia
num é que Marx tava certo
a prole proletária quer mesmo virar algoz
será que quando a luta de classes acabar o mundo vai ter fim?
que por infortúnio paga meu salário
diz que tem família, mas foste um belo salafrário
vivo pensando quem disse que o mundo deve ser assim
nasci e acreditei o que enfiaram pra mim
que nobre é o idiota que trabalha sem fim
o salário mal dá pra coisa toda do mês
diversão quase não tem vez
a mulher e mamãe não entendem minha insensatez
já compraram a idéia da novela que pra ser feliz nasça burguês
o seu joaquim do boteco não faz fiado nem pro freguês
estou disposto a não mais agüentar a sofreguidão
não pode ser que Deus me pôs na vida pra esse papelão
de aguentar os caprichos do patrão
e ainda assinar a carta de demissão olhando pra cara daquele bundão
'xá comigo que vamos descolar logo o tostão
quero ter a vida descomprometida de coisa sem valor
porque não ter mais dignidade no labor?
quem foi que disse que tenho que aguentar tanta dor
agora a palhaçada tem até nome: colaborador, colabora com a dor
assino logo essa carta, que pra mim é de alforria
vou então fazer meu dia
sem medo da correria
quem sabe até com a euforia
de também ser patrão um dia
num é que Marx tava certo
a prole proletária quer mesmo virar algoz
será que quando a luta de classes acabar o mundo vai ter fim?
lunar
delato meu egoísmo
desalimento meu vil heroísmo
espelhado nas ridículas partículas
do tempo dos meus dias
meus atos, com prefácio e glossário
descompreendem e incompletam o buraco que se torna toca de esconder
entro dentro, o avesso pra dentro
extermino ou enlouqueço
fervilho ou ofereço
o ego-ísmo lírico do precipício
desalimento meu vil heroísmo
espelhado nas ridículas partículas
do tempo dos meus dias
meus atos, com prefácio e glossário
descompreendem e incompletam o buraco que se torna toca de esconder
entro dentro, o avesso pra dentro
extermino ou enlouqueço
fervilho ou ofereço
o ego-ísmo lírico do precipício
domingo, 21 de setembro de 2008
Quadras de quatro
Teu convite ao exagero
Foste a peste da minha trama
Mas me tirou do desespero
Resgatou-me do meu interno drama
Quando me olhei no espelho
Colocado por outro na minha frente
Percebi que não preparei o enterro
Do que é preciso tirar da minha doente mente
Jogada ao abismo do abuso
Frequentemente envaidecida
Entregue a qualquer tipo de uso
Muito da desenxabida da vida
Sem esboçar compreensão
Faço esforço de pensar
Tomada de sedução
Dando ao outro a minha decisão
Foste a peste da minha trama
Mas me tirou do desespero
Resgatou-me do meu interno drama
Quando me olhei no espelho
Colocado por outro na minha frente
Percebi que não preparei o enterro
Do que é preciso tirar da minha doente mente
Jogada ao abismo do abuso
Frequentemente envaidecida
Entregue a qualquer tipo de uso
Muito da desenxabida da vida
Sem esboçar compreensão
Faço esforço de pensar
Tomada de sedução
Dando ao outro a minha decisão
domingo, 14 de setembro de 2008
A estética da língua
A compreensão do motivo pelo qual o chocolate causa tanto prazer em nossas bocas......talvez seja porque é uma gordura doce que se dissolve com o calor da língua em atrito com o céu da boca, que fica estrelado. É uma doçura marrom com um gosto particular único e forte que por produção da cultura apazigua o coração. Pode ter crocantinhos barulhentos, amêndoas que trazem a dureza repentina ou a fruta que soma o azedinho perfeito. Minha gata não come comida que não seja a dela, mas um dia a peguei abocanhando um presunto que estava sobre a mesa com a gula de quem sabe o que é bom. O chocolate nos supera da solidão bicho e nos iguala na busca da repetição do prazer, que nos move no tempo. Derrete, adoça e escurece a boca de desejo. Acho que comi a caixa toda.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
é a dor que dói em mim
Para a dor da alma não há prozac
Para a dor de cotovelo não há aspirina
Para dor de gulliver talvez haja birita
Para a dor do peito não há floral
Para a dor do pé não há samba
Pára a dor, por favor!
Para a dor de cotovelo não há aspirina
Para dor de gulliver talvez haja birita
Para a dor do peito não há floral
Para a dor do pé não há samba
Pára a dor, por favor!
A dor que dói
Mal-estar súbito
Não tão súbito pois muito claro está o porquê
É nó que desata, mas arranca sem dó
Nó tem dois lados, como nós
Uma coisa se aparta da outra
A rede entra em colapso
Uma mexida de um lado abala a rede
Que se fragiliza no que segura
Sentir-se um descarte
É como se nada mais aflorasse
Nada mais há que alguém e si próprio se interessasse
O presente fica diluído no passado
O sem futuro chega grande e pesado
A vontade de saber impede a morte como simulacro
Não tão súbito pois muito claro está o porquê
É nó que desata, mas arranca sem dó
Nó tem dois lados, como nós
Uma coisa se aparta da outra
A rede entra em colapso
Uma mexida de um lado abala a rede
Que se fragiliza no que segura
Sentir-se um descarte
É como se nada mais aflorasse
Nada mais há que alguém e si próprio se interessasse
O presente fica diluído no passado
O sem futuro chega grande e pesado
A vontade de saber impede a morte como simulacro
rai cai
aprendendo hai kai
sobre rimas, versos e estações
escolho a folha que cai
chegou ao Brasil a tradição
ensinaram a beleza
palavra curta do Japão
sobre rimas, versos e estações
escolho a folha que cai
chegou ao Brasil a tradição
ensinaram a beleza
palavra curta do Japão
sábado, 6 de setembro de 2008
sem título, tinta óleo
tenho preguiça, com sono e bunda
estoy só, vazio e ocupado
faço palavra, voz e desço música
canto azul, coisas e caos
soy hombre, maricas e fubá
lambo lerdo, incerto e profundo
durmo fanho, roto e lado estranho
escrevo tacanha, de verdade sem tamanho
aprendo como e quando verbo, substantivo ou adjetivo
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
hot dog cat
Cachorro vira lata
toma água turva da sargeta
Gato escaldado
ganha a oitava vida depois de rasgar o lixo
Dorme embaixo do carro
em cima do telhado
Ofereci comida de primeira
um rejeitou outro não quis
Porque a água suja e comida fula
tem o preço da liberdade sem coleira
Cachorro sempre quer um chamego passageiro
gato um olhar sorrateiro
Aproveita, tira uma casquinha, e vai embora,
ligeiro
toma água turva da sargeta
Gato escaldado
ganha a oitava vida depois de rasgar o lixo
Dorme embaixo do carro
em cima do telhado
Ofereci comida de primeira
um rejeitou outro não quis
Porque a água suja e comida fula
tem o preço da liberdade sem coleira
Cachorro sempre quer um chamego passageiro
gato um olhar sorrateiro
Aproveita, tira uma casquinha, e vai embora,
ligeiro
Declaração de alguma coisa
Bateu em minha porta, abri, jogou uma garrafa, do tipo jogada ao mar no náufrago, com o papel dentro.
Continha palavras doces, penetrantes, complicadas e perfumadas.
Sonada e sem entender, corri. Desci desenfreada,
com a porta aberta o gato fugiu, e não consegui nada na ponta da escada
Desconcertante como alguém sabe tanto sobre ti
ou há palavras universais que valem para qualquer um sorrir
Devaneiei como bonita o homem na frente
Achei tolo, vazio e esquisito
No meio do dia me peguei perguntando ao porteiro do prédio, ao bar da esquina
sobre o homem fugidio, esforçando-me por lembrar...sei que tinha cabelos escuros
mais alto do que meu horizonte e.......só
Por muitos dias pensei em todas as possibilidades, sem conclusão
Em pensamento, cada vez mais escasso, do incidente confusão
No mercado do bairro encontrei velha amiga
Entre o café e o pão de queijo ela me contou a mesma armação
Ao invés de garrafa era uma caixa
Hipnotizada como eu, escondeu do marido e se encheu de erotismo
Também nunca chegara a suspeita concreta, apenas notou que o colega de trabalho a paquera
Reconfortante é saber que de coisa parecida todos têm
Precisamos uns dos outros para saber que somos alguém
Continha palavras doces, penetrantes, complicadas e perfumadas.
Sonada e sem entender, corri. Desci desenfreada,
com a porta aberta o gato fugiu, e não consegui nada na ponta da escada
Desconcertante como alguém sabe tanto sobre ti
ou há palavras universais que valem para qualquer um sorrir
Devaneiei como bonita o homem na frente
Achei tolo, vazio e esquisito
No meio do dia me peguei perguntando ao porteiro do prédio, ao bar da esquina
sobre o homem fugidio, esforçando-me por lembrar...sei que tinha cabelos escuros
mais alto do que meu horizonte e.......só
Por muitos dias pensei em todas as possibilidades, sem conclusão
Em pensamento, cada vez mais escasso, do incidente confusão
No mercado do bairro encontrei velha amiga
Entre o café e o pão de queijo ela me contou a mesma armação
Ao invés de garrafa era uma caixa
Hipnotizada como eu, escondeu do marido e se encheu de erotismo
Também nunca chegara a suspeita concreta, apenas notou que o colega de trabalho a paquera
Reconfortante é saber que de coisa parecida todos têm
Precisamos uns dos outros para saber que somos alguém
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
sobre o dia em que nascemos
Embriaguez embaça a vista
Suportar o valor da minha classe média
Tradição burguesa, sustentar o status
fazer as vezes, sorrir, educar
Resta entorpecer,
com aparatos criados por nós mesmos
O ópio social serve a todos
A alguns para disfarçar camuflar
outros, para dar o pão
Desde que o mundo o é
os escapes não escapam à condição
de gente, doída, imperfeita, foragida, cambaleante
Somos eu e você
Suspenda um pouco a mentira
para nos salvar da imposição
Mais nobre, mais burra e mais fácil
a arte, a religião e o ópio
A educação e a civilidade
acham que nos imputaram muito bem
Todo domado tem um preço a pagar
Para a angústia quem nos ensinou?
Para a miséria quem nos tocou?
Para o desespero quem nos apartou?
Suportar o valor da minha classe média
Tradição burguesa, sustentar o status
fazer as vezes, sorrir, educar
Resta entorpecer,
com aparatos criados por nós mesmos
O ópio social serve a todos
A alguns para disfarçar camuflar
outros, para dar o pão
Desde que o mundo o é
os escapes não escapam à condição
de gente, doída, imperfeita, foragida, cambaleante
Somos eu e você
Suspenda um pouco a mentira
para nos salvar da imposição
Mais nobre, mais burra e mais fácil
a arte, a religião e o ópio
A educação e a civilidade
acham que nos imputaram muito bem
Todo domado tem um preço a pagar
Para a angústia quem nos ensinou?
Para a miséria quem nos tocou?
Para o desespero quem nos apartou?
Perco sono
Durmo sexo
Acordo fome
Como c(r)u Como cozido
Como frio Como quente
Como em pé Como sentido
Como bicho Como gente
Como duro Como mexido
Como com as mãos Como com os dentes
Como sado Como castigo
Como chuchu Como indiferente
Como só Como contigo
Como com boca Como de frente
Como devagar Como lascivo
Como você Como intensamente
Como forte Como exaurido
Se não tem fome sai da minha frente
É Como vício
Penso gorda apimentada
Saio toda engordurada
Febril e encarnada
De fome saciada
Com a cara deslavada
D’alma encapetada
Durmo sexo
Acordo fome
Como c(r)u Como cozido
Como frio Como quente
Como em pé Como sentido
Como bicho Como gente
Como duro Como mexido
Como com as mãos Como com os dentes
Como sado Como castigo
Como chuchu Como indiferente
Como só Como contigo
Como com boca Como de frente
Como devagar Como lascivo
Como você Como intensamente
Como forte Como exaurido
Se não tem fome sai da minha frente
É Como vício
Penso gorda apimentada
Saio toda engordurada
Febril e encarnada
De fome saciada
Com a cara deslavada
D’alma encapetada
fã-MINI-zine urbano
Augusta, sua puta, me fere
Consolação, meu bem, me afaga
Angélica, ingênua, se doa
Maria Antônia, de valor, corrompe a tradição
Entre a paulista e a Augusta
O Peixoto gomide
apertandinho, mas gomide
Tentando sua vez
Até concluir
Cidade, és mulher
Caótica, paradoxo,
Sedução
Não menos bela e necessária
Quem nunca se perdeu nas curvas da Bela Vista?
Consolação, meu bem, me afaga
Angélica, ingênua, se doa
Maria Antônia, de valor, corrompe a tradição
Entre a paulista e a Augusta
O Peixoto gomide
apertandinho, mas gomide
Tentando sua vez
Até concluir
Cidade, és mulher
Caótica, paradoxo,
Sedução
Não menos bela e necessária
Quem nunca se perdeu nas curvas da Bela Vista?
domingo, 31 de agosto de 2008
noite das crianças
gesto torpe
de quem procura nada
e nada nada no oceano do tudo
de tudo tanto que te cansa
criança corre de tanto que esgana
esmorece
ressaca
afasta o exagero do tempo do antes
exaustão com rebordoza e queijo
rio vazio
riso tamanho que dá mar
mar de milágrimas
nem o milagre salva
por isso em coro choro
de quem procura nada
e nada nada no oceano do tudo
de tudo tanto que te cansa
criança corre de tanto que esgana
esmorece
ressaca
afasta o exagero do tempo do antes
exaustão com rebordoza e queijo
rio vazio
riso tamanho que dá mar
mar de milágrimas
nem o milagre salva
por isso em coro choro
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
mais um diálogo com e por Leandra Niciolli
Parem essa porra de planeta...
Tá difícil respirar... Difícil não chorar...
É bom demais saber que há pelo menos alguém que sabe usar as palavras neste mundo de hipócritas...
Admiro sua coragem de expor tanta sensibilidade.Seja bem-vinda ao submundo da arte de escrever e, principalmente, de compreeender a amplitude das coisas mais ínfimas.
E dói... como dói...
Cibely diz: amém!
Tá difícil respirar... Difícil não chorar...
É bom demais saber que há pelo menos alguém que sabe usar as palavras neste mundo de hipócritas...
Admiro sua coragem de expor tanta sensibilidade.Seja bem-vinda ao submundo da arte de escrever e, principalmente, de compreeender a amplitude das coisas mais ínfimas.
E dói... como dói...
Cibely diz: amém!
reivindica cão
a vida do cão
ensina a falar um belo palavrão
manda um puta que pariuzão
depois de te tornares esse beberrão!
ensina a falar um belo palavrão
manda um puta que pariuzão
depois de te tornares esse beberrão!
PETIT MORT ET VIE
Na cidade encontrei corpos flutuantes
de olhos vazados e corpos desabitados
Enquanto meu peito flamejante
de corpo desejante e pulsante
A disciplina do desejo
põe o pensamento em movimento
enquanto o fora exige o nada
todos com cara de empilhamento
Assim desejo o tempo todo
quando fome, como
quando tesão, fodo
quando triste, engodo
quando alegre, estorvo
Os conhecidos sumidos
Os amigos ocupados
O calor necessitado
Vira coisa adormecida, que revira na cama
Nunca esquecida
Flor de tulipa, caule rijo, pétala entreaberta
Convida o irremediável instante de encontro
banhado de suor e palavras interrompidas
mecânica poética e frenética do gozo
A vida volta a ser cidade
Felizcidade leve e habitada
de olhos vazados e corpos desabitados
Enquanto meu peito flamejante
de corpo desejante e pulsante
A disciplina do desejo
põe o pensamento em movimento
enquanto o fora exige o nada
todos com cara de empilhamento
Assim desejo o tempo todo
quando fome, como
quando tesão, fodo
quando triste, engodo
quando alegre, estorvo
Os conhecidos sumidos
Os amigos ocupados
O calor necessitado
Vira coisa adormecida, que revira na cama
Nunca esquecida
Flor de tulipa, caule rijo, pétala entreaberta
Convida o irremediável instante de encontro
banhado de suor e palavras interrompidas
mecânica poética e frenética do gozo
A vida volta a ser cidade
Felizcidade leve e habitada
resumo anti-poético:
Tava andando na porra da cidade morrendo de fome
Um qualquer me deu um puta prato de macarrão
Entrei, comi, me lambuzei todinha, tava uma delícia
Saí mais gostoso do que entrei
A cidade menos porra
Tinha um vaso de tulipas
antropostalgia poética
Me lembrei de cheiros, vidas, rostos e sons do passado
Quando a leveza embriagava
- nos embriagávamos uns dos outros e das coisas
Vida secreta mas à mostra
Me espantei ao ver o tempo passar
Estampas, santas e profanas megeras
povoavam as tardes vazias
cheias de beleza inusitada
Encontros entorpecentes,
compromissos ausentes
Revelo meu segredo
Me coloquei naquele lugar para lembrar quem sou
Saber se quero as mesmas velhas coisas
Não sei mais ter ídolos
A beleza quando sentida na carne
não torna mais possível ser eu mesma
Impera que haja a transformação
Meu hoje é fazer legenda de minhas palavras palavras
Se sonoras, poesia
Se superfície, vazias
Se tocam, humildes
Se saltam, nasci
Quando a leveza embriagava
- nos embriagávamos uns dos outros e das coisas
Vida secreta mas à mostra
Me espantei ao ver o tempo passar
Estampas, santas e profanas megeras
povoavam as tardes vazias
cheias de beleza inusitada
Encontros entorpecentes,
compromissos ausentes
Revelo meu segredo
Me coloquei naquele lugar para lembrar quem sou
Saber se quero as mesmas velhas coisas
Não sei mais ter ídolos
A beleza quando sentida na carne
não torna mais possível ser eu mesma
Impera que haja a transformação
Meu hoje é fazer legenda de minhas palavras palavras
Se sonoras, poesia
Se superfície, vazias
Se tocam, humildes
Se saltam, nasci
domingo, 24 de agosto de 2008
Eternizo o silêncio das manhãs
o café preto com geléia
a organização das idéias
a tua inscrição no meu coração
O sol que entra fraco pela janela
a lembrança da noite anterior
o livro que me conduz a cantos distantes
meu corpo desfalecido pela cadeira
O lençol ainda quente
a respiração que renova
o pássaro canta
a cena está pronta
congelo-me de prazer
o café preto com geléia
a organização das idéias
a tua inscrição no meu coração
O sol que entra fraco pela janela
a lembrança da noite anterior
o livro que me conduz a cantos distantes
meu corpo desfalecido pela cadeira
O lençol ainda quente
a respiração que renova
o pássaro canta
a cena está pronta
congelo-me de prazer
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
zoo
a fúria bestializante me torna um animal
bicho preguiça que ora em mim acorda
leão de guarda vem guardar os seus
urso raivoso melado toma conta
só me resta uivar
uuuuuuuuuuuuuuuu!
tenho pai e mãe foca
bicho preguiça que ora em mim acorda
leão de guarda vem guardar os seus
urso raivoso melado toma conta
só me resta uivar
uuuuuuuuuuuuuuuu!
tenho pai e mãe foca
meu destino biológico desponta
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
busines
O telefone tá ocupado
pra eu perguntar a pergunta que não quero saber a resposta
porque acho que sobre algumas coisas melhor ficar na dúvida
A máquina também tá ocupada
não posso preencher os espaços de caracteres
com aquilo que não quero ver
O espelho tá quebrado
pra eu encontrar com o homem
que tá todo dia em mim e olha pra mim e diz
O ônibus tá quebrado
que me leva pra lá e pra cá
tô parado, estagnado, no mesmo lugar
Tô com pressa, apesar de ocupado e um tanto avariado
corre filho da puta!
domingo, 17 de agosto de 2008
Vice-verso, vide-verso
a noite me acorda ou me segura
em meio a estímulos pouco atraentes e atrapalhamentos de ordem física
sobre a capacidade de amar, a fissura, a falta, o trabalho, minha imagem
fico presa, em espiral, de dentro pra fora de fora pra dentro
tenho sonhos de lembranças com desejos
às vezes pesadelo, às vezes presença
a idéia no futuro não me deixa dormir
e a do passado não me deixa acordar
a obsessão angustia
e a impossibilidade de tê-la é enfadonho
o dia-noite, claro-escuro
faz da vida clarão na escuridão e vice-versa
o cinza é a mistura do preto com branco
reivindicação: deixei espaços, entrelinhas, que não foram respitadas na edição, coloque-as onde achar melhor.
Oração
Dos livros
alguns lidos pela metade
Das poesias
escritas quando inspiradas
Dos amores
eternos enquanto duraram
Dos prazeres
alguns sentidos na carne
Da rotina
às vezes tornada doce
Da cidade
puro deleite poluído
Das alegrias
com intensidades mil
Das dores
inevitavelmente não evitadas
Da vida de menina
sempre garantida a morada
Da bebida
sempre o trago necessário
Do desejo
alguns deles reprimidos
Da terapia
nem tudo foi curado
Dos amigos
o dar e receber aprendidos
Dos risos e gargalhadas
muito bem dados
Do inglês e do francês
frustradamente arranhados
Das músicas
hermetismos de miles
Do dinheiro
algum tostão às vezes sobrado
Do trânsito
horas dispensadas
Da diversão
as melhores sempre inusitadas
Das comidas e sabores
pecado da gula cometido
Do cinema e da arte
pão e circo de necessidade primeira (alimento d'alma)
De almodóvar e kubrick
desesperadamente assistidos
Da saudade
às vezes arrebatadora
Da família
apoio um tanto impreciso
Dos estudos e teorias
poucas explicações
Das angústias
pelo fato de se ser só
Da morte
já mandei esperar
Da vida
sobre ser vivente, sobrevivente
De Deus
deixei logo de acreditar
Amém!
alguns lidos pela metade
Das poesias
escritas quando inspiradas
Dos amores
eternos enquanto duraram
Dos prazeres
alguns sentidos na carne
Da rotina
às vezes tornada doce
Da cidade
puro deleite poluído
Das alegrias
com intensidades mil
Das dores
inevitavelmente não evitadas
Da vida de menina
sempre garantida a morada
Da bebida
sempre o trago necessário
Do desejo
alguns deles reprimidos
Da terapia
nem tudo foi curado
Dos amigos
o dar e receber aprendidos
Dos risos e gargalhadas
muito bem dados
Do inglês e do francês
frustradamente arranhados
Das músicas
hermetismos de miles
Do dinheiro
algum tostão às vezes sobrado
Do trânsito
horas dispensadas
Da diversão
as melhores sempre inusitadas
Das comidas e sabores
pecado da gula cometido
Do cinema e da arte
pão e circo de necessidade primeira (alimento d'alma)
De almodóvar e kubrick
desesperadamente assistidos
Da saudade
às vezes arrebatadora
Da família
apoio um tanto impreciso
Dos estudos e teorias
poucas explicações
Das angústias
pelo fato de se ser só
Da morte
já mandei esperar
Da vida
sobre ser vivente, sobrevivente
De Deus
deixei logo de acreditar
Amém!
Tô sem tempo para o cinema.
Tô sem tempo para o teatro.
A vida passa muito rápido e o tempo carrega tudo...
Tá tudo carregado, pesado, doído...
Quando penso em fazer alg... viu?
Já veio o tempo e levou tudo... de novo.
Pelo menos ainda tenho:Clarah Averbuck & Ci dançante... heroínas do dia-a-dia.
E assim, a vida volta a ser um real e breve deleite!!!
por Leandra Niciolli
Cibely diz: trata-se de ter amigos....de ter amor....tá aí Lê!
Tô sem tempo para o teatro.
A vida passa muito rápido e o tempo carrega tudo...
Tá tudo carregado, pesado, doído...
Quando penso em fazer alg... viu?
Já veio o tempo e levou tudo... de novo.
Pelo menos ainda tenho:Clarah Averbuck & Ci dançante... heroínas do dia-a-dia.
E assim, a vida volta a ser um real e breve deleite!!!
por Leandra Niciolli
Cibely diz: trata-se de ter amigos....de ter amor....tá aí Lê!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
REIVINDICAÇÃO
ESSE BLOG NÃO TEM RESPEITADO CONFIGURAÇÕES DA MINHA ESCRITA, A LOCALIZAÇÃO QUE EU QUERO DAS PALAVRAS, LETRAS, IMAGENS E DESENHOS QUE FORMO NA CABEÇA E SENSAÇÃO. QUERO LEMBRAR ISSO A MIM MESMA. O MUNDO VIRTUAL É ASSIM, ASSIM COMO O REAL....
NÃO PULA OS ESPAÇOS QUE QUERO MUITAS VEZES
NÃO DEIXA OS VAZIOS QUE PRETENDO
SE UM DIA EU ENCONTRAR O DONO DESSE NEGÓCIO.....
NÃO PULA OS ESPAÇOS QUE QUERO MUITAS VEZES
NÃO DEIXA OS VAZIOS QUE PRETENDO
SE UM DIA EU ENCONTRAR O DONO DESSE NEGÓCIO.....
RUA
tenho amor que corre
escorre
é líquido e colore
a vida que não é mais minha
é da cidade dividida e indiscriminada
que arrancou-me a morada
coisa incerta é o contorno
que é certo e vazio
tentativa de encontro
há pessoas e pessoas
o trem é rápido na estação
corre e entra, a porta fecha
o cidadão enlouquece
hoje tá frio
terça-feira, 12 de agosto de 2008
INTELIGÊNCIA
Deverá ela existir, já que não existe a real razão?
Só entendo que amo, que é enorme, maior que tudo.
MEU PEITO SE EMBARAÇA, DEPOIS, SE DISSOLVE...
Este é o momento que te encontro,
então, talvez um líquido percorresse-me.
Um líquido entorpecedor.
É totalmente sentido, mas sem sentido.
Portanto, o que faço é apenas deixar-me descer por essas águas,
e que as cristalinas águas levem-me no agora, no rio e no sempre.
Parta de onde quiseres partir, do concreto ou do abstrato
e o que for sentido será sempre o mesmo: maravilhosamente sem sentido ++++++++++++++++
A vivência (ou será existência, ou será latência) ultrapassa qualquer longínquo entendimento
(ou será ensinamento, ou será dissernimento).
Nem tente a compreensão do sentido,
tente partir para a compreensão sentida.
que talvez esteja no âmago do sentido.
Mas o que não tem sentido não tem um mero âmago, tem, na sua totalidade indetermindada,
tudo do todo infinito.
ESTE É O TROPEÇO DE MINHA IGNORÂNCIA, QUE CAI PARA TODOS OS LADOS E PENSA.
O EQUILÍBRIO DE MINHA INTELIGÊNCIA NÃO PENSA, AMA.
*escrito aos 18 anos, tomada de amor e de Platão.
Assinar:
Postagens (Atom)